O fado voltou a ser o elo que une vizinhos, memórias e tradições. O Clube Estefânia abriu as portas para uma Matiné de Fado que trouxe a alma de Lisboa para o coração de Arroios.
A sala encheu-se de gente, de silêncio e aplausos. Cada acorde de guitarra e cada verso entoado carregavam histórias de amores, partidas, reencontros e esperanças – histórias que fazem parte da memória coletiva de quem vive a cidade. Numa atmosfera íntima, onde a música era partilhada de perto, vizinhos e amigos encontraram-se para viver o fado como ele nasceu: em comunidade.
A atuação contou com um elenco de excelência:
- Múcio Sá (guitarra)
- Nuno Estevens (viola)
- Paulo Rosado (viola-baixo)
- Helena Favila (voz)
Este fado, criado no âmbito da oficina de letristas de fado orientada por Daniel Gouveia, é uma mostra do talento e da criatividade local, que deu ainda mais significado a este encontro.
Mais do que um espetáculo, foi isso mesmo, uma tarde de encontro. De quem canta e de quem ouve. De quem sente e de quem partilha. A força desta tradição lisboeta fez-se ouvir e sentir, lembrando que o fado não é apenas um património imaterial, é uma forma de estar, de sentir e de viver.
A Matiné de Fado mostrou, uma vez mais, que Arroios é uma freguesia viva e aberta à cultura, onde as tradições encontram novas formas de se renovar e de aproximar pessoas. Um momento especial que ficará na memória de todos e que reforça a importância de manter viva a alma cultural da freguesia.






