Arroios é um lugar dinâmico e multifacetado no coração da cidade de Lisboa que alberga cerca de 92 nacionalidades. São aproximadamente 40 mil pessoas a habitar Arroios, espalhadas por 57 quilómetros de ruas, num espaço com mais de dois quilómetros quadrados de área – o equivalente a ir a Sintra e voltar.
Vai do Largo do Intendente Pina Manique, com comércio mais tradicional e muita atividade cultural – um espaço recomendado inclusivamente pelo jornal nova-iorquino The New York Times – até ao Saldanha, com escritórios e empresas multinacionais. Em termos populacionais, a freguesia tem um maior número de habitantes que certas cidades portuguesas como, por exemplo, Espinho ou Portalegre.
A Avenida Almirante Reis atravessa a freguesia quase de uma ponta à outra. A percorrer este eixo central, está a linha verde do metro com motivos arquitetónicos e artísticos marcantes.
Os bairros Andrade, de Inglaterra, dos Açores e das Colónias, feitos de edifícios com muita história e estórias para contar, misturam Art Déco com Modernismo, e transformaram-se em lugares cosmopolitas e de habitação intercultural, com vizinhança dos quatro cantos do mundo.
Acima da Praça das Novas Nações, localizada no centro do Bairro das Colónias, está o Miradouro do Monte Agudo, que oferece uma vista panorâmica sobre a cidade. Tem cerca de 1,2 hectares de área, um painel de azulejos da autoria de Fred Kradolfer e uma esplanada que complementa o usufruto da paisagem. De lá, é possível avistar edifícios com grande impacto como o da sede da Polícia Judiciária, localizada na Rua Gomes Freire.
Também localizada na Rua Gomes Freire, está a Academia Militar, uma instituição de ensino superior público universitário militar, que fica perto do maior jardim da freguesia com uma área de quase 2 hectares, no Campo dos Mártires da Pátria. Braamcamp Freire é o nome deste jardim em homenagem ao historiador e arqueólogo, que dispõe de um quiosque com esplanada, um polidesportivo, um parque infantil e lagos com patos e galinhas. É de destacar que aqui existem árvores classificadas de interesse público.
Abaixo do Campo dos Mártires da Pátria, está a Rua do Saco, onde se encontra a Biblioteca de São Lázaro, a biblioteca municipal mais antiga de Lisboa. Criada em 1883, a sala principal mantém, ainda, o belíssimo mobiliário da época e dispõe de publicações dos séculos XVII ao XXI. Ao seu lado, a primeira escola masculina a ser construída de raiz, no reinado de D. Luís, em 1875 – é a Escola Básica n.º 1 de Lisboa.
No outro extremo da freguesia, no Largo de Dona Estefânia, está a estátua de Neptuno que ornamenta o chafariz do largo. Este Neptuno em mármore já percorreu a cidade, tendo estado inclusivamente na Praça do Chile, onde se encontra hoje a estátua de Fernão de Magalhães, um navegador português que empreendeu a 1.ª viagem de circum-navegação.
Ao cimo da Almirante Barroso, cujos jacarandás, no início do verão, perfumam e pintam de roxo a rua, está a Praça José Fontana. A vida desta praça sente-se no jardim Henrique Lopes de Mendonça, com um coreto ao centro, um quiosque com esplanada e um parque infantil; na Escola Secundária de Camões, por onde passaram diversas personalidades do país; e no Mercado 31 de Janeiro, conhecido pela oferta diversificada de produtos frescos e serviços.
Arroios dispõe de três mercados recentemente requalificados e modernizados: Mercado 31 de Janeiro, Mercado de Arroios, com novos restaurantes à entrada, e Mercado do Forno do Tijolo, que alberga lojas com comércio tradicional, uma loja dos CTT – Correios de Portugal, a sala de leitura Clodomiro Alvarenga, o Complexo Desportivo Joaquim Campos, composto pela Piscina de Arroios, um polidesportivo e um parque infantil, assim como o Mercado de Culturas – um espaço multiusos que recebe projetos de cariz cultural.
Somar a tudo isto a atividade das associações culturais, os hotéis e pousadas que todos os dias recebem os visitantes que atravessam o território, e os restaurantes com gastronomia de todo o mundo, Arroios só podia ser um lugar desejado.